Quando falamos em imagens de satélite, muitas pessoas ainda imaginam como uma coisa muita fora do alcance e, diversas vezes, olham para o céu. Apesar dessa sensação, hoje em dia, as imagens de satélite são relativamente fáceis de se obter, processar e interpretar. Isso se deve a evolução que os satélites e os seus sistemas tiveram nos últimos anos, em especial a partir do ano de 2013 com o lançamento do satélite Landasat-8. De lá até os dias de hoje houve uma grande evolução em todos os aspectos, desde os satélites passando pelas plataformas para a obtenção das imagens até os softwares para processamento.
Para termos uma ideia da evolução das imagens de satélite, o Landsat-8 captura uma imagem a cada 16 dias com resoluções espaciais de 15 a 100 metros. Já os satélites Sentinel 2A e 2B. lançados em 2015 e 2017 respectivamente, capturam uma nova imagem a cada 5 dias trabalhando de maneira sincronizada e tem resoluções espaciais de 10 a 60 metros dependendo da banda.
Agora quando falamos dos satélites comerciais, a evolução também é enorme, a começar pelos nano satélites da empresa Planet Labs, que tem o tamanho de uma caixa de sapato e já foram lançados mais 100 satélites que capturam imagens diárias a uma resolução de 3 a 5 metros.
Para a agricultura essa evolução é muito bem vinda, a começar pela revisita, antes com poucas opções de imagens, era muito comum passarmos por uma safra sem uma única imagem, coisa que hoje em dia é muito difícil de acontecer. E hoje com as resoluções espaciais disponíveis, podemos enxergar problemas antes que eles se tornem grandes. Para se ter uma ideia a resolução especial de 10 metros dos Sentinel 2A e 2B, cada pixel equivale a 100 metros quadrados no solo, e os 30 metros (Bandas R, G, B e NIR) do Landsat-8, cada pixel equivale a 900 metros quadrados.
Agora é esperar mais 7 anos para vermos o quanto essa tecnologia ainda vai evoluir e quanto ela vai nos ajudar a mais do que já ajuda.